Segundo a Lei de Diretrizes e Bases no 9.394/96 deve-se
valorizar a qualificação dos profissionais da educação. Essa mesma diretriz
estabelece um prazo – 2006 – a partir do qual só poderão ser admitidos
professores formados em nível superior.
Já o artigo 87 reforça a necessidade de elevar o nível de
formação dos profissionais, determinando-se que em todos os Municípios e
portanto, Estados e a União, deverão realizar programas de aperfeiçoamento
através da capacitação de todos os professores em exercício, utilizando também,
para isto, os recursos da educação a distância A Lei destaca que os
profissionais estão envolvidos nos processos de construção do projeto
pedagógico da escola, na gestão democrática, no estabelecimento de estratégias
didáticas e no próprio desenvolvimento profissional, inclusive mediante a
capacitação em serviço.
Nota-se que existe uma preocupação do legislador em destacar
que os profissionais da educação refletem o mundo em que vivemos, marcado por
um contínuo processo de mudança, por avanços científicos e tecnológicos, pela
valorização do conhecimento, das competências, da autonomia, da iniciativa e da
criatividade.
Diante dessa cena, a pressão por um nível de
qualificação, ou seja, a qualidade, maior nesse processo de
ensino-aprendizagem, tem sido cada vez maior.
A escola contemporânea deve ser um espaço de aprender a aprender;
de criação de ambientes que favoreçam o conhecimento multidimensional,
interdisciplinar; um local de trabalho cooperativo/solidário, crítico,
criativo, aberto à pluralidade cultural, ao aperfeiçoamento constante e comprometido
com o ambiente físico e social em que estamos inseridos.
Se a escola precisa mudar, também assim o devem ser os
cursos de formação de professores, os quais precisam passar por uma profunda e
radical transformação. Todas as características da escola contemporânea
necessitam estarem presentes nos cursos que formam os profissionais da
educação. Os cotidianos da formação dos educadores devem ser marcados por
interações entre ciência, cultura, teorias de aprendizagem, gestão da sala de
aula e da escola, atividades pedagógicas e domínio das tecnologias que facilitam
o acesso à informação e à pesquisa.
Cursos à distância: Programas, cursos, disciplinas ou
mesmo conteúdos oferecidos a distância exigem administração, desenho, lógica,
linguagem, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos e pedagógicos
que não são mera transposição do presencial. Ou seja, a educação a distância
tem sua identidade própria.
Não existe,
porém, um modelo único de educação a distância. Os programas podem apresentar
diferentes formas e diversas linguagens e recursos.
O
tipo de curso, as condições dos alunos, tempo, necessidades é que definirão ou
não a necessidade de encontros presenciais, ou estágios, ou mesmo polos
descentralizados.
Destaca-se o fato que cursos oferecidos à distância
destinados a formar e a aperfeiçoar professores podem chegar aos mais
longínquos lugares do Brasil, o que demonstra seu potencial de democratizar a
educação. E podem, também, ser uma excelente estratégia de ao mesmo tempo
construir conhecimento, dominar tecnologias, desenvolver competências e
habilidades e discutir padrões éticos que beneficiarão, mais tarde, os alunos
desses professores.
Só uma educação a distância comprometida com qualidade,
entretanto, é que pode proporcionar uma estratégia tal. A qualidade da educação
à distância é entrelaçada por vários fatores que nos levam ao mesmo objetivo,
se um fator falhar, a qualidade fica severamente comprometida, assim como a
seriedade do curso.