domingo, 10 de novembro de 2013

ENSINO À DISTÂNCIA



Segundo a Lei de Diretrizes e Bases no 9.394/96 deve-se valorizar a qualificação dos profissionais da educação. Essa mesma diretriz estabelece um prazo – 2006 – a partir do qual só poderão ser admitidos professores formados em nível superior.
Já o artigo 87 reforça a necessidade de elevar o nível de formação dos profissionais, determinando-se que em todos os Municípios e portanto, Estados e a União, deverão realizar programas de aperfeiçoamento através da capacitação de todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância A Lei destaca que os profissionais estão envolvidos nos processos de construção do projeto pedagógico da escola, na gestão democrática, no estabelecimento de estratégias didáticas e no próprio desenvolvimento profissional, inclusive mediante a capacitação em serviço.
Nota-se que existe uma preocupação do legislador em destacar que os profissionais da educação refletem o mundo em que vivemos, marcado por um contínuo processo de mudança, por avanços científicos e tecnológicos, pela valorização do conhecimento, das competências, da autonomia, da iniciativa e da criatividade.
Diante dessa cena, a pressão por um nível de qualificação, ou seja, a qualidade, maior nesse processo de ensino-aprendizagem, tem sido cada vez maior.
A escola contemporânea deve ser um espaço de aprender a aprender; de criação de ambientes que favoreçam o conhecimento multidimensional, interdisciplinar; um local de trabalho cooperativo/solidário, crítico, criativo, aberto à pluralidade cultural, ao aperfeiçoamento constante e comprometido com o ambiente físico e social em que estamos inseridos.
Se a escola precisa mudar, também assim o devem ser os cursos de formação de professores, os quais precisam passar por uma profunda e radical transformação. Todas as características da escola contemporânea necessitam estarem presentes nos cursos que formam os profissionais da educação. Os cotidianos da formação dos educadores devem ser marcados por interações entre ciência, cultura, teorias de aprendizagem, gestão da sala de aula e da escola, atividades pedagógicas e domínio das tecnologias que facilitam o acesso à informação e à pesquisa.

Cursos à distância: Programas, cursos, disciplinas ou mesmo conteúdos oferecidos a distância exigem administração, desenho, lógica, linguagem, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos e pedagógicos que não são mera transposição do presencial. Ou seja, a educação a distância tem sua identidade própria.
Não existe, porém, um modelo único de educação a distância. Os programas podem apresentar diferentes formas e diversas linguagens e recursos.
O tipo de curso, as condições dos alunos, tempo, necessidades é que definirão ou não a necessidade de encontros presenciais, ou estágios, ou mesmo polos descentralizados.
Destaca-se o fato que cursos oferecidos à distância destinados a formar e a aperfeiçoar professores podem chegar aos mais longínquos lugares do Brasil, o que demonstra seu potencial de democratizar a educação. E podem, também, ser uma excelente estratégia de ao mesmo tempo construir conhecimento, dominar tecnologias, desenvolver competências e habilidades e discutir padrões éticos que beneficiarão, mais tarde, os alunos desses professores.
Só uma educação a distância comprometida com qualidade, entretanto, é que pode proporcionar uma estratégia tal. A qualidade da educação à distância é entrelaçada por vários fatores que nos levam ao mesmo objetivo, se um fator falhar, a qualidade fica severamente comprometida, assim como a seriedade do curso.